quarta-feira, 30 de julho de 2008

Post número 200

Chegamos aqui. Nem foi tão difícil assim, dada a prolixidade do autor deste blog...Fosse este um site sobre a vida deste autor, talvez não tivesse rendido sequer 20 posts...Mas a idéia, exposta desde o início, era a de fazer um blog sobre idéias, pensamentos. Vocês sabem que, durante um único dia, temos cerca de 25 mil( só?) pensamentos. A imensa maioria vem e passa. Apenas uns poucos são dignos de laboração e, destes, talvez um ou dois sejam publicados aqui ao final...Escrever assemelha-se a fecundar. Geramos milhões de espermatozóides para, enfim, termos em média um filho... Claro que, para os tradicionalistas contrários às pesquisas com células-tronco, a masturbação seria equivalente a um ''genocídio''...Para criar algo não podemos ter medo de eliminar, ''matar'' determinados temas no nascedouro. Outras vezes cortamos, aqui e ali, sem dó- para que chegue algo minimamente compreensível ao blog. NÃO TEMOS UM TEMA DEFINIDO NO QUAL NOS ENQUADREM, E ISTO SE DEVE ÙNICA E EXCLUSIVAMENTE À CONFUSÃO MENTAL E DILETÂNCIA DESTE ESCRIBA. Podemos, sem nenhum pudor, falar um dia sobre futebol, o outro sobre ''auto-ajuda'', e o seguinte sobre viagens, passeios, livros de autores ''sérios'' ou não, refeições memoráveis, programas ''trash'' de TV. Não há nenhum tema proibido. Falo, ilimitadamente, quase sempre apenas sobre o que me interessa e apaixona. O pano de fundo é a cidade onde vivo. Ela é o grande personagem, mais do que eu. Ela fornece, o tempo inteiro e sem limites, todos estes temas e estórias. Nela vivo como um peixe dentro d'água. Felizmente a ''água'' não é a dos rios que a percorrem, senão estaria morto a esta altura...A cidade grande também tem grandes mazelas...Fazer um blog é bem diferente de ser jornalista. Não temos obrigação de ser ''fiéis'' á realidade( como se os jornais o fossem...). Podemos chegar um dia aqui e anunciar, desvaladamente, que ''Piracicaba é a melhor cidade do mundo''. E é, para quem o acha...É possível amar Piracicaba, Pindamonhangaba, Carolina-MA, Cajazeiras-PB, Vitória-ES, e qualquer outra cidade do planeta. Do mesmo modo que outros amam Las Vegas, Paris, Tóquio...O que amamos não recebe passivamente o nosso amor. Este objeto de nosso amor nos envolve, devolve-nos este amor ilimitadas e infinitas vezes, reconstruindo a nossa existência. Eu amo ler, mais do que tudo na vida. E este amor, mesmo após tantos anos de convivència, não diminuiu sequer um milímetro. Não se enjoa de ler, após adquirido o hábito. E este gosto pela leitura, para quem compartilha deste prazer, não tem preço. Não o venderíamos nem trocaríamos por nada, nem para, retrospectivamente, ser aquele cara mais ''popular'' da escola na juventude. Quem é esta pessoa hoje? O que ela fez de sua vida? O que ela fará com o resto de sua existência, passada a fugaz ''belezinha'' da adolescência? Na corrida da vida, os leitores são os mais lentos. Parecem ser os menos ''práticos'' e ''eficazes'', comparados aos demais. Porém, a longo prazo, assemelham-se à tartaruga que vence, por sua persistência, a prova contra a veloz lebre. Para isto, temos todo o tempo do mundo...Cada fato, tudo o que fazemos está voltado para estes momentos inesquecíveis em que esquecemos o chamado ''mundo real'' para mergulharmos nas galáxias de nossos livros. ''O que você faz?'', perguntam insistentemente os néscios. Eu SOU um leitor, respondo aos embascados. Também escrevo, nas horas vagas...O que quer que façamos para ganhar a vida, seja o que for caso não seja a profissão dos seus sonhos, não chegará aos pés deste prazer incomensurável que é a leitura. Não se é ''pequeno'', façamos o que façamos profissionalmente, quando se é um leitor. E nunca se será efetivamente ''grande'', façamos o que façamos- sejamos Lordes, Magistrados, Empresários, etc.- sem a leitura nossa de cada dia...Como afirma um autor antigo que muito prezamos,o americano James Allen, ''você não pode viajar por dentro e ainda continuar parado por fora''. Abramos, por intermédio dos nossos livros, as portas e janelas da existência. E partamos, com um único aviso: esta jornada do conhecimento não tem fim...

Nenhum comentário: