quinta-feira, 12 de julho de 2012

Bairros de Curitiba: o Juvevê...

Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que é possível ''cortar caminho'' do Museu Oscar Niemeyer até a Avenida João Gualberto- arredores do Terminal do Cabral.
O ''atalho'' passa pelo bairro do Juvevê, em uma interessante área que foi objeto das fotos deste post...
Qual seria a outra opção, que eu conhecia até agora?
Percorrer toda a Avenida Cândido de Abreu( reta de mais de um quilômetro)e ''subir'' a Avenida João Gualberto, coisa que levaria bem mais de meia-hora...
As ''fronteiras'' que separam alguns destes bairros curitibanos são bastante tênues, para dizer o mínimo.
É possível almoçar no Juvevê( exemplo, Restaurante Vindouro)e, em questão de passos, chegar ao Estádio Couto Pereira...No Alto da Glória...
Ou ir do Shopping Crystal( Batel)á Praça da Espanha( Bigorrilho)em questão de minutos...
Ou mesmo percorrer de dois a três destes bairros( exemplo: Juvevê, Alto da Glória e Alto da XV)em um único passeio em linha reta...
Só as placas das ruas- quando existem- servem um pouco de orientação...
O Juvevê- bairro no qual estão inseridos desde os altíssimos edifícios ao longo da ''canaleta'' de ônibus da Avenida João Gualberto até estas construções mostradas neste post- me agrada como cenário de passeios por vários motivos. 
Um deles é quando chegamos a esquinas onde é possível fazer de duas a três opções distintas( ou seja, as ruas não são ''retas'' como em outras partes da cidade...). Outro é porque muitas vezes deparamos com edifícios altos próximos a simpáticas ''casinhas''.
Em suma, nada é muito ''planejado'' ou ''regular'' quando se trata do bairro do Juvevê. O que, para nós, pode proporcionar inúmeras ''surpresas''...
Ao gosto de cada ''consumidor''...
A cidade cresce, se ''desenvolve''( para onde ninguém sabe muito bem), mas deixa ''rastros'' de suas origens.
Quem quiser ''recolher'' alguns destes ''rastros'', como eu, tem muito material para isto. Em alguns bairros, como o Juvevê, basta dar alguns passos...
É cada vez mais comum depararmos em nossas  caminhadas pela cidade de Curitiba com dois tipos de som : o canto dos pássaros, e o ''tac-tac''/as marteladas das novas construções de prédios bem mais altos.
Sorte sua se a predominância ao seu redor for da primeira espécie de som...
Ou será que eu estou sendo muito ''saudosista'' ?
Este é um pouco do bairro do Juvevê- breve mostraremos mais imagens, feitas do ''outro lado'' da Avenida João Gualberto- de hoje.
O que teremos na cidade em 20/30 anos, pouca gente sabe.
O certo é que esta ''Curitiba do futuro'' depende do que estamos fazendo hoje.
Serão novos parques e ciclovias, ou mais ruas e avenidas para os milhares de automóveis?
Os curitibanos do passado brincavam ''no quintal'' porque haviam quintais. Jogavam bola na rua, porque haviam ruas seguras para fazer isto- onde não transitavam carros a toda hora.
A cada vez maior degradação do espaço público serve exclusivamente àqueles que desejam vender ''tudo isto'' a que nos referimos acima( segurança, verde, largos espaços). Em lugares distantes, e a uma minoria que possa pagar.
Vejam que ''maus políticos'' e as ''tendências de mercado''( as ruas fechadas e os condomínios)estão mais entrelaçados do que se possa imaginar...
É esta Curitiba ''condominial'' - que mais lembra a chamada ''Idade Média'', repleta de castelos murados e fossos- que desejamos para o futuro de nossos filhos?
Alcnol.
PS: Não se pense que defendo um utópico ''congelamento de novas construções''. Mas há um meio-termo entre isto e deixar tudo nas mãos do ''livre''( ?)''mercado''...O nome deste meio-termo chama-se Controle/ Regulação por parte do Poder Público.
No Brasil, no entanto, quem ''vigia'' os ''controladores''?

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