domingo, 21 de fevereiro de 2010

Um jogo fraco: venceu o menos pior...

Falta de jogadores não é o problema do São Paulo, que trouxe praticamente uma equipe inteira para reforçar-se em 2010. O tricolor, reconhecidamente, possui a melhor estrutura, e tem um ''elenco''- possui jogadores suficientes para poder mexer aqui e ali em determinadas peças sem perder o conjunto.
Diante disto, por que diabos o São Paulo Futebol Clube não está jogando nada?
Não é de hoje que a equipe vem apresentando um futebol burocrático, lento, ultrapassado, tedioso como as entrevistas concedidas por seu treinador...
Mesmo quando vence adversários de menor qualidade, o São Paulo de Ricardo Gomes não empolga. Que dirá nos dois clássicos que disputou até agora este ano( contra Santos e Palmeiras)? Contra o Santos de Robinho e Neymar, seja feita justiça: o tricolor paulista foi melhor, partiu para cima, perdeu em um lance isolado de muito talento de Robinho( ''gol de letra''). Hoje, ao contrário, embora tenha apresentado o que foi chamado de ''força máxima''- com todos os titulares  à disposição do treinador- não se pode dizer necessariamente que o time entrou dentro de campo...
O futebol pune duramente equipes que aparentam ser ''favoritas''( como o Flamengo quarta-feira contra o Botafogo, como o Vasco hoje contra o mesmo alvinegro de General Severiano). Enfrentando um adversário fraco, mas com novo treinador e muita vontade de vencer, o São Paulo ficou desde o início à mercê das iniciativas alviverdes. 
Poucas oportunidades foram criadas no fraco primeiro tempo, é verdade, mas se tivesse de ter um vencedor, áquela altura já, este seria a equipe da casa: o Palmeiras...
O segundo tempo foi, de início uma repetição do primeiro, até a decisiva expulsão de Xandão. Se não jogava nada com os famosos ''três zagueiros'' tão apreciados por Ricardo Gomes, a partir daí o Palmeiras foi para cima e venceu com todos os méritos. A equipe do Morumbi foi um pálido fantasma, um arremedo de time de futebol. 
Com esta partida, já é o segundo clássico seguido perdido para rivais do tutebol paulista. Ricardo Gomes e cia. podem estar pensando que ''isto não vale nada: o que interessa é a Libertadores''. Não concordamos, definitivamente, com isto. A diretoria praticamente impôs ao treinador que escalasse o melhor time possível contra o Santos, e hoje novamente. Perder seguidamente para adversários como Santos, Palmeiras e, caso continue jogando tão mal, para o Corínthians, tudo isto terá um forte efeito ''interna corporis'' dentro das quatro linhas do tricolor.
Pode-se dizer que as ( mal sucedidas)experiências de Ricardo Gomes à frente do São Paulo- acrescidas de uma pálida estreia na Libertadores- já devem ter acendido uma ''luz amarela'' no Morumbi. Já que aparenta cada vez mais distanciar-se do chamado ''G-4'' do Paulistão, Ricardo Gomes- com suas mexidas, ''rodízio'' e ''mistos''( frios, insossos, e não ''quentes'')- caminha cada vez mais para um julgamento ''tudo ou nada'' em um fortíssimo torneio como é a Libertadores. Paciência, como ele verá então, tem limites... 
Alcnol.

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