segunda-feira, 27 de abril de 2009

Roteiro repetido em mais uma vitória do Corínthians e de Ronaldo...

Quem disse que ,em futebol, não vale repetir determinados esquemas à exaustão? Desde, óbvio, que eles funcionem...Este é o caso do time do Corínthians. Não dá para questionar o valor de uma equipe que, segundo dados revelados ontem pelo jornalista esportivo Paulo Vinícius Coelho( o ''PVC''), está invicta a cerca de 45 jogos( a única exceção a estes números seria uma derrota em um amistoso após o final da disputa da Série B do ano passado, quando a maior parte do time já havia entrado de férias...). Repetir esquemas em futebol tanto não é ''pecado'' que o São Paulo tri-campeão seguido do Brasileiro( Hexa no total)cansou de repetir o mesmo estilo de jogo, por exemplo, na conquista do título de 2007, sob o comando de Muricy Ramalho. Tanto o São Paulo daquela época quanto o Corínthians de hoje caracterizam-se pelo jogo retraído, esperando o adversário atacar. Cansei de ver o São Paulo de Muricy tomar um ''banho tático'', ser atacado o tempo todo pelos donos da casa, para dar um golpe mortal e, em questão de minutos, vencer a partida por 1 x 0, 2x0. O ''segredo'' deste estilo de jogo, ''coincidentemente'' aplicado com competência tanto por um treinador gaúcho quanto por outro muito bem sucedido no comando do Internacional de Porto Alegre, é a defesa sólida. O futebol, ao contrário de muitos outros esportes, não é decidido pelo mérito. Nem sempre o melhor ganha, e esta é a graça. Números expressivos de escanteios, bolas roubadas, chutes a gol não decidem os jogos. Vale uma simples máxima: decisiva é a bola na rede, dentro do gol...E o que assistimos ontem foi, mais uma vez, a expressão disto. De nada adianta à torcida são-paulina chorar o fato de que, na segunda partida das semifinais( disputada no Morumbi), o tricolor criou muito mais oportunidades de gol. Criou mas não fez. O Corínthians, em dois contra-ataques mortais, matou o jogo. Um deles em uma incrível arrancada do ''gordo'' Ronaldo. Ontem uma vez mais assistimos a repetição deste filme. Corínthians 2 X 0 logo de cara, e num dos gols o ''bico'' dado por Chicão caiu exatamente nos pés do Fenômeno- que finalizou sem dó do goleiro Fábio Costa. Jogo decidido? Longe disto. A partir daquele momento, o Santos criou uma quantidade incrível de chances de gol. Fez um, em uma falha do quase perfeito goleiro Felipe. E pressionou à exaustão, enquanto assistíamos a continuação da incrível ''saga'' de Kléber Pereira( o ''Rei dos gols perdidos''...). Quando tudo indicava que o gol de empate sairia inevitavelmente o ''gordo'' pegou outra bola na ''banheira'' e, mostrando toda a sua habilidade, encobriu o goleiro santista que estava quase que na linha da grande área. ''Fim do jogo'', e provavelmente da disputa pelo título. Vitória do ''melhor?''. Nem sempre. O fato é que precisamos reconhecer: este ''feijão com arroz'' praticado pelo Corínthians sob o comando de Mano Menezes tem se revelado até aqui quase imbatível. Além de virtual Campeão Paulista o alvi-negro parte para o Campeonato Brasileiro como um dos favoritos ao título( assim como o atual Campeão- o São Paulo- e os campeões estaduais de Minas- alguém ainda duvida?- o Cruzeiro, e do Rio Grande do Sul, o Internacional). Há pouco tempo dizia-se que o Corínthians de Mano Menezes ''não vence clássicos há cerca de um ano''( período em que, reconheça-se, também não andou perdendo muito para os rivais...). Agora, desandou a vencê-los mesmo que, para a crítica esportiva em geral, não pareça lá muito ''brilhante''( a mim também continua não parecendo, mas fazer o que? Derrotou duas vezes seguidas o atual Campeão Brasileiro...). O esquema de Mano lembra, por sua simplicidade, o de um ''rachão'': time fechadinho lá atrás, esperando a melhor oportunidade, e o ''gordinho'' lá na frente na banheira. A única diferença( e que diferença!)é que o ''gordo'' aqui chama-se Ronaldo, que sabe fingir-se de ''morto'' como ninguém- e está mostrando que ''quem é Rei nunca perde a majestade''...Na pelada o gordinho só faz número. Na vida real, nos jogos do ''Timão'', pode-se dizer que são 10 guerreiros e um ''gordo'' genial, o rei da Grande Área. Esquema aparentemente simples e óbvio, mas que até aqui tem funcionado muito bem...Alcnol.

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