quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Entrevista com o arquiteto Ruy Ohtake, no suplemento ''Outlook''( Jornal Brasil Econômico)

Confesso que achei o novo jornal- ''Brasil Econômico''- específico demais, muito voltado para leitores da área empresarial, em comparação com o jornal ''Valor Econômico''( que, a meu ver, possui mais matérias voltadas para o público geral). No entanto, seguindo a tradição da extinta ''Gazeta Mercantil'' e do próprio ''Valor Econômico'', o novo periódico investiu com carinho em seu suplemento de fim-de-semana. Há vários finais-de-semana tenho lido este suplemento- ''Outlook''- com bastante carinho, tendo recortado várias matérias para mostrar para amigos.Uma delas, ainda não enviada pelo correio, é a entrevista com o arquiteto Ruy Ohtake publicada no último dia 12/12. Desta matéria, uma entrevista de duas horas e meia de duração, selecionei as seguintes frases: ''E a relação com coisas cotidianas? Você ainda não tem celular?''''- Não tenho celular, nem relógio, nem computador''.''- Não tem nada que goste? Um Ipod?'' ''- O que é Ipod? Estou falando sério, o que é mesmo?'' ''- O quadradinho, para ouvir música.'' ''Já vi, sim. Mas não tenho. Não tenho celular. Acho uma invasão. Eu, para trabalhar, preciso de muita concentração. Se eu souber que não vou ter uma ou duas horas contínuas para mim, não gosto. Para fazer um projeto, eu preciso de duas ou três horas sem interrupção. Imagina com um celular? Não tem como''. SOBRE URBANISMO E OS PEDESTRES: ''As cidades mais humanas se vêem pela medida das calçadas. Quanto mais largas, sinal de mais  respeito ao cidadão. A rua não é só lugar de passagem,é lugar de convívio também. Quando entrou automóvel, diminuíram as calçadas. Os carros aumentam e, como a prioridade é para eles, a calçada é diminuída. Sem espaço de convívio na rua, o paulistano vai andar no shopping center. É uma vida muito árida. Devia ter mais área verde também, muito mais Ibirapueras''.''- Sobre Heliópolis( OBS: favela de São Paulo), colorir casas simples melhora a vida das pessoas?'' ''-Claro! As pessoas começam a ter uma visão diferente de cidade. É fundamental despertar a ideia de que uma cidade pode ser bonita, uma favela pode ser bonita. Quantos começaram a mexer dentro da casa depois que a fachada foi pintada? Começou com a ''pinturinha'', aquela coisa...Cosmética, né? Conseguimos, 6 anos depois da ''pinturinha'',inaugurar um Centro Cultural,de 42 mil metros quadrados, além de uma Biblioteca. É a primeira experiência no país de gestão múltipla com a comunidade. O Ruy quer aparecer? É só cosmético? Tá pronto isso aqui, inaugurado hká dois meses. Pronto''. 

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