quinta-feira, 2 de abril de 2009

Notas sobre alimentação

Esta notícia talvez não surpreenda ninguém: segundo a Folha de São Paulo do último dia 24 de março, ''reduzir carne vermelha diminui mortalidade''. Ainda segundo o periódico paulistano, de acordo com ''um estudo divulgado hoje na 'Jama'( revista da Associação Médica Americana)aponta relação entre o consumo de carne vermelha e carnes processadas e maior número de mortes por câncer e problemas cardiovasculares. A pesquisa, uma das maiores já realizadas, analisou dados de 500 mil norte-americanos de 50 a 71 anos de idade. Em dez anos de acompanhamento, morreram 47976 homens e 23276 mulheres. Para os pesquisadores, 11% das mortes em homens e 16% das mortes em mulheres ´poderiam ser adiadas se houvesse redução do consumo de carne vermelha para 9g do produto a cada 1000 calorias ingeridas- o grupo que mais ingeriu carne vermelha( 68 g a cada 1000 calorias)foi o que apresentou maior incidência de morte(...)Os riscos de câncer estão principalmente relacionados à forma de preparação de qualquer tipo de carne(...)As maiores temperaturas são atingidas ao grelhar na chapa e fritar com pouco óleo o alimento. Por esse motivo, indica-se a preparação no forno ou com um cozido(...)Segundo o cirurgião oncológico Benedito Mauro Rossi, do Hospital A.C. Camargo, a distribuição geográfica do câncer do intestino, por exemplo, mostra que no Amapá a incidência do tumor é de 1,5 caso por 100 mil habitantes, enquanto no Rio Grande do Sul, a terra do churrasco, a incidência é de 28,5 por 100 mil habitantes(...)''. Já a edição de março da ''Revista dos Vegetarianos''( Editora Europa Ltda.)alerta na capa para a importância de se manter a saúde dos ossos. Segundo a revista, ''especialistas revelam os benefícios dos vegetais e por que o leite mais prejudica do que ajuda''. Ainda de acordo com este periódico, ''os estudos mostram que os países com maior incidência de fratura de quadril- que é um indicativo de osteoporose- são os países que mais consomem leite de vaca( como os EUA e países europeus, por exemplo). A perda de massa óssea é uma doença de excesso( excesso de proteína e de sódio)e não de deficiência. A deficiência pode ser na ingestão de potássio, vitamina K e vitamina D'', explica o nutricionista George Guimarães, da Nutriveg. Além disso, o consumo de leite e seus derivados também pode ser fator determinante para as inflamações nas articulações( nosso grifo). Segundo o acupunturista e fisioterapeuta Dr. Francisco Pereira, de 59 anos, diretor de ensino do Sistema ABACO/CBA( Colégio Brasileiro de Acupuntura, da Academia Brasileira de Arte e Ciência Oriental), às vezes, inflamações nos tendões e nervos podem ser evitadas com uma dieta livre de proteína e gordura animal, incluindo o leite''( nosso grifo). No primeiro caso, após anos de dubiedade e resistência os médicos aceitaram finalmente a conexão entre o consumo de carne vermelha e o câncer. O estudo é minucioso e conclusivo, feito com mais de 500 mil entrevistados. No segundo caso, alguns médicos- de tendência naturapeuta, principalmente- tem feito este alerta sobre o risco do consumo de leite para as articulações. Vamos esperar mais alguns anos e milhares de adoentados para tomar alguma decisão? A questão está em aberto. Temos menos respostas do que perguntas a oferecer, mas há pelo menos uma certeza: precisamos investigar estes assuntos por nossa própria conta, uma vez que há um verdadeiro ''manto de silêncio'' sobre este tema...Alcnol. PS: Estou longe de ter abolido completamente o consumo de carne de vaca, mas é preciso estar consciente do que estamos consumindo e seus riscos...

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