segunda-feira, 9 de março de 2009

Livraria com cara de Livraria...

Nenhum demérito em relação às grandes redes de Livrarias- Saraiva, Fnac, Cultura, da Vila- que costumo frequentar e mostrar neste espaço. Mas esta pequena e charmosa Livraria Sobrado, situada na Avenida Moema, possui qualidades bem especiais que a diferenciam de todas as demais. Por isto fui avisando logo no título deste post que ela ''tem cara de Livraria''...Para começar, são dois andares só de livros. Um espaçoso café na lateral, onde comi uma deliciosa torta de cenoura com chocolate, torna o lugar ainda mais convidativo. O teto do café é transparente, iluminando o ambiente com luz natural...No momento em que, após tomar café e comer o bolo peguei alguns livros e me sentei em uma confortável poltrona, percebi que estava, definitivamente, conquistado pela casa...Contadores de estórias fantasiados se preparavam para entreter a pequena multidão de crianças que se concentrava no segundo andar enquanto, após folhear o segundo livro em minhas mãos e ouvindo os agradáveis gritinhos de alegria infantis, quase tirei um pequeno cochilo- como se faz em casa, na nossa casa- ali mesmo, tão à vontade estava...Gigantescas megastores literárias pululam por todos os lugares, com todo o seu mérito e qualidades, mas felizmente ainda é possível a coexistência com pequenas livrarias como esta que mostra, nos mínimos detalhes, o quão importante e sagrado- eu diria- é o contato com o mundo das letras. Me perdoem as demais- especialmente aquelas onde é quase impossível distinguir os espaços dedicados aos livros daqueles entulhados com inúmeros aparelhos eletrônicos de todas as espécies- mas esta pequena Livraria Sobrado mostrou que ainda hoje, como nos áureos tempos do passado, é possível a existência de lugares dedicados quase que exclusivamente ao comércio de livros. E estes devem ser prestigiados por todos aqueles amantes da cultura, como verdadeiros ''refúgios'' que são. Acabei de passar por uma pequena igreja no caminho da Sobrado. Não entrei lá. Mas aqui eu não só entrei como ainda faço uma reverência ao transcendental, ao sublime que reside- e resiste- por entre as folhas das milhares de obras que ali estão à nossa inteira disposição...Alcnol.

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