quarta-feira, 4 de março de 2009

Como Buda reagiria ao ser ofendido...

A ''Lei de Talião''- ''olho por olho, dente por dente''- continua a ter inúmeros adeptos mundo afora. Somos todos, ou quase todos, ''reacionários''- ou seja, re-agimos diante de condutas desagradáveis, contribuindo para jogar ainda mais ''lenha na fogueira''. No entanto esta semana li, em um pequeno livrinho de autoria do indiano ''Osho'', um trecho que me interessou bastante. Ei-lo: ''Buda estava passando por uma aldeia e as pessoas começaram a insultá-lo. E eles usaram todo tipo de palavra insultuosa que puderam, todos os palavrões que sabiam. Buda ficou ali, ouvindo tudo em silêncio, com muita atenção, e então disse: - Obrigado por me procurarem, mas estou com pressa. Tenho de chegar à próxima aldeia, as pessoas esperam por mim lá. Não posso dedicar mais tempo a vocês hoje, mas amanhã voltarei e terei mais tempo. Vocês podem se reunir novamente e, se amanhã quiserem me dizer mais alguma coisa que não puderam dizer hoje, poderão me dizer. Mas hoje, vocês me desculpem. As pessoas mal podiam crer no que ouviam, no que viam: o homem continuava impassível, imperturbável. Uma delas perguntou: - Você não nos ouviu? Estamos tratando você da pior maneira possível e você nem sequer reage! Buda disse: - Se queriam uma resposta, chegaram tarde demais. Deveriam ter vindo há dez anos, quando eu responderia a vocês. Mas nestes últimos dez anos eu deixei de ser manipulado pelos outros. Não sou mais um escravo, sou senhor dos meus atos. Ajo de acordo comigo mesmo, não de acordo com ninguém. Ajo de acordo com a minha necessidade interior. Vocês não podem me forçar a fazer nada(nosso grifo). Não há problema nenhum: vocês queriam me maltratar, me maltrataram. Fiquem satisfeitos; cumpriram muito bem sua tarefa. Mas não levei em conta seus insultos, e por isto eles não significaram nada''(nosso grifo). Fonte: ''Consciência: A Chave para viver em Equilíbrio'', Osho. Editora Cultrix. Páginas 145/146.

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