domingo, 24 de fevereiro de 2008

Na natureza selvagem

Aproveitando o fato de que este blog deveria ser TAMBÉM um diário, eis um relato das minhas atividades no domingão: acordei. Postei uma mensagem no blog, por cerca de uma hora e meia. Estudei até perto de meio-dia. Saí para almoçar, em Higienópolis, só. Meia-hora de caminhada. Almoço com bufê de saladas e pizza. Sorvete de sobremesa. Quando ia voltar rumo à Paulista, constato que está chovendo forte, Pego um táxi. Desço em casa, para pegar um guarda-chuva.A chuva não passa, e faz até um pouco de frio. As ruas parecem córregos. Corro para o Conjunto Nacional, aqui perto, para assistir este belo filme- que dá título a esta postagem. É a estória de um garoto que sonha trocar a ''civilização'' pelo Alaska. Muitos tentam dissuadí-lo, ele chega inclusive a conhecer uma tremenda gatinha de apenas 16 anos- que se oferece a ele na ausência dos pais- mas continua com a idéia fixa. Este é um filme não sobre um objetivo, mas sim sobre o valor da jornada. Emociona. O garoto não perde um ar meio infantil, que aproxima todo mundo: jovens, velhos, hippies. O filme trata da VIDA, com letras maiúsculas. Não uma vida qualquer, como a de milhões, frustrada na raiz, impotente, sem rumos, triste. Mas uma vida integral. O personagem deixa pais, uma carreira promissora nos estudos, rasga dinheiro para, como César, ''queimar todas as pontes" que pudessem possibilitar um recuo em seu projeto. Apesar de jovem, é meio ''anacrônico'' para a época. Ele LÊ, cita Jack London, Thoreau e muitos mais. Isto nos lembra que houve um tempo em que os livros mudavam a vida de muitas pessoas, serviam como GUIAS. Nestes tempos, muito diferentes dos de hoje, as pessoas não se contentavam com a mera leitura. Viam nestes livros um roteiro, um projeto para uma vida nova. ELAS ERAM MOVIDAS POR IDÉIAS, TESES. O personagem principal deste filme é mais um destas pessoas ''de antigamente''. Ele quer conhecer a vida REAL, verdadeira, direta, sem intermediários, e vai atrás. ''Paga o preço'' na luta pelos seus sonhos. Se isto já era difícil no século passado, que dirá nestes céticos dias de hoje? De 1 a 5, dou NOTA MÁXIMA a esta bela obra de mais de 2 horas. Além da estória, interessante e baseada em um caso real, as paisagens são de arrepiar.Com cenas em desertos e no frio do Alaska. Finalmente, para concluir, parece que temos uma boa safra de filmes no mercado, como este, ''Sangue Negro'' e ''Desejo e Reparação''. Eles sabem fazer uma obra de verdade, quando querem...

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